Grande Entrevista

Publicado em Extra Cover

Em conversa com Alicia Soler

A FULLCOVER conversou com Alicia Soler, Diretora Geral da AGERS, e uma das 25 mulheres mais influentes da indústria seguradora espanhola, de acordo com o ranking de 2023 do Grupo Aseguranza. Acompanhamos a sua carreira desde a entrada no setor numa seguradora de Valencia, à passagem pela AICA (Associação de Empresários de Alcobendas) até ao desafio, em 2014, para Diretora da AGERS, um dos projetos “mais significativos e gratificantes” da sua carreira profissional.

Pode falar-nos do seu percurso, começando pela formação em gestão e finanças passando depois para o mundo do seguro e risco?
 

O meu interesse pelo mundo dos seguros surgiu quando decidi obter um diploma em seguros e posteriormente o completei com um curso superior em seguros. As oportunidades nesta área surgiram através da formação profissional na Winterthur, onde travei conhecimento com este mundo fascinante. Desde então, já há trinta anos, a minha trajetória foi evoluindo em direção à gestão de risco.

 
Conte-nos como evoluiu a sua carreira.
 

A minha carreira foi uma viagem de constante aprendizagem e crescimento no domínio do risco e seguros.

A minha experiência profissional começou com um estágio na Seguradora Winterthur em Valencia, a cidade onde nasci.  Durante esse período, que recordo com muito carinho, adquiri profundos conhecimentos sobre os temas essenciais da indústria de seguros.  A seguir, tive a fantástica oportunidade de entrar na Argente & Carratalá, uma grande corretora de seguros valenciana, onde trabalhei sob a orientação de Maciste Argente, que acabou por se converter primeiro em meu mentor e, desde a minha mudança para Madrid, num grande amigo.

Durante a minha primeira etapa profissional em Madrid, por volta do ano 2000, assumi a direção técnica na corretora de seguros de um grupo empresarial do ramo automóvel com o desafio de criar o departamento de seguros. Foi outra etapa magnífica graças à formidável equipa que formámos, chegando a ser um dos departamentos mais valorizados, apreciados e de maior crescimento na organização.

A criação de um departamento de seguros praticamente do zero foi uma missão exigente que se concretizou ao fim de quase seis anos. Finalmente, em 2006, decidi aproveitar um descanso merecido para dedicar tempo ao meu terceiro filho e dar mais atenção à minha família.

Durante esse período, que abarcou um pouco mais de um ano, aproveitei para continuar a minha formação e realizei vários cursos na AGERS. Foi em 2008 que aceitei o grande desafio de estabelecer uma área especializada em gestão de risco e seguro na AICA, a Associação de Empresários de Alcobendas. Nesse período, trabalhei com paixão e determinação para consciencializar as empresas associadas da importância da gestão integral de risco.

O meu compromisso com a AICA manteve-se até 2014, quando decidi mudar de funções e integrar a sua Direcção, onde estou até hoje.

Deixar o projeto da AICA foi uma decisão difícil, mas não podia ignorar a motivação de contribuir de modo diferente para a promoção da gestão de risco no nosso país. Quando me ofereceram a oportunidade de dirigir a AGERS, foi uma honra que aceitei com entusiasmo e que marcou um capítulo novo e entusiasmante na minha trajetória profissional e pessoal.

Tomar as rédeas da AGERS é um privilégio e uma experiência maravilhosa.

 
 
Desde 2014 que é diretora-geral da AGERS. Pode fazer um balanço destes anos?
 

Como diretora-geral da AGERS desde 2014, dá-me enorme prazer constatar o progresso e os êxitos que, com a Direcção da AGERS, liderada pelo nosso Presidente, alcançámos nestes quase 10 anos. Neste período, vimos um crescimento significativo na nossa comunidade de gestores de risco de grandes empresas e fortalecemos a nossa relação com o mercado, que partilhou o seu valioso conhecimento e experiências connosco, bem como com outras instituições com as quais colaboramos.

Este tempo foi marcado por um compromisso constante para com a excelência e promoção das melhores práticas de gestão de risco de uma forma independente. Trabalhámos incansavelmente para proporcionar recursos, eventos e oportunidades de desenvolvimento profissional que beneficiam tanto os nossos membros como o setor em geral.

Estou orgulhosa da resposta positiva que recebemos do nosso conjunto de gestores de risco e do apoio contínuo manifestado pelo mercado e outras instituições. Estas conquistas são resultado do trabalho árduo e dedicação de todos os que estão envolvidos na AGERS.

Contemplando o futuro, entusiasmam-nos as oportunidades que se avizinham e continuamos dedicados ao nosso papel de impulsionar a gestão de risco para níveis ainda mais altos de excelência. Agradeço a todos os que fizeram parte desta viagem e aguardo com expetativa tudo o que de bom está para vir.

Qual foi o maior desafio profissional que enfrentou?
 

Ao longo da minha carreira profissional houve desafios em cada etapa que se revelaram essenciais para o meu crescimento. Sem dúvida que um dos mais significativos e gratificantes foi o meu papel como diretora da AGERS. Desde o início que o meu objetivo principal foi promover e elevar o papel dos gestores de risco e seguros, a quem representamos, protegendo a sua independência e convertendo-os em protagonistas da nossa organização.

Um dos aspetos mais relevantes desta experiência foi a resposta positiva e generosa dos nossos associados na comunidade de gestão de risco. Demonstraram um nível de dedicação inigualável, contribuindo como autores para as nossas publicações, como professores ou alunos no nosso Centro de Estudos, formando parte das Comissões de Trabalho, ou participando como oradores nos nossos eventos. Esta colaboração coletiva foi fundamental para alcançar os nossos objetivos e elevar a gestão de riscos como disciplina valorizada e respeitada em todos os âmbitos.

Além disso, estabelecemos colaborações sólidas com colegas de outros continentes, o que ampliou a dimensão internacional do nosso trabalho. Estou profundamente orgulhosa da forma como evoluímos e entusiasmada com as oportunidades que o futuro nos reserva à medida que vamos avançando. Sem esquecer que é gratificante ver o número de representantes de grandes empresas na AGERS a crescer, o que demonstra que esta disciplina é cada vez mais reconhecida e valorizada em diversos setores, tanto no domínio público como no privado.

 

Fale-nos da AGERS e do seu contributo para a gestão de risco em Espanha.
 

A AGERS, Associação Espanhola de Gestão de Risco e Seguros, foi fundada em 1984. No próximo ano celebraremos o nosso 40.º aniversário. Remontando às nossas origens, recordamos o grupo de profissionais de diversas multinacionais em Espanha que, com apoio de outras organizações, criaram a AGERS tendo reconhecido a necessidade de dar voz aos diretores de risco e seguros no nosso país.

Desde então que a nossa associação desempenha um papel fundamental na promoção da gestão de riscos ao mais alto nível em Espanha. Conseguimo-lo através de várias iniciativas como a organização de congressos; este ano, celebraremos a nossa 34.ª edição. Contribuímos igualmente com publicações relevantes, estabelecemos relações institucionais sólidas e colaborámos estreitamente com outras organizações afins. Todas estas atividades têm um objetivo claro: proporcionar aos nossos membros serviços com conteúdos da mais elevada qualidade.

Hoje, somos a única associação espanhola acreditada pela FERMA (Federação Europeia de Associações de Gestão de Riscos) para leccionar o programa de Especialização em Gestão de Riscos e a Certificação Rimap.  Além disso, mantemos uma presença muito ativa na FERMA como membros do conselho de administração.

Também é importante destacar que estamos representados na Junta Consultiva de la Dirección General de Seguros y Fondos de Pensiones (DGSFP), o que nos permite contribuir de forma significativa para a formulação de políticas e regulamentos relacionados com a gestão de riscos e seguros em Espanha.

Operamos um centro de estudos a que chamamos CEA (Centro de Estudios de AGERS) a partir do qual promovemos a divulgação de conhecimentos, metodologias e melhores práticas profissionais na gestão de riscos e seguros, incorporando o quadro da FERMA. É liderado por uma equipa docente de grande qualidade, especialistas de referência nas suas áreas de especialização ainda no ativo, que encarnam a visão e grande experiência prática das organizações, seguradores e serviços profissionais. Disponibilizamos uma ampla gama de recursos educativos e de divulgação através de vídeos, entrevistas, artigos de opinião e ainda contamos com uma revista intitulada Observatorio de Riesgos e que vai já na 17.ª edição. A nossa biblioteca contém mais de 30 livros sobre gestão de riscos e seguros, e mantemos uma presença ativa em plataformas como o YouTube, redes sociais e Spotify.

O motor de toda esta atividade é a nossa dedicação no sentido de fazer ouvir as vozes dos nossos membros e colaboradores. Continuaremos a trabalhar incansavelmente para nos mantermos como referência da gestão de risco em Espanha e na Europa, para além de garantir que esta disciplina receba a importância e o reconhecimento que merece. 

Um evento que nos ajudará a alcançar os nossos objetivos será o FERMA Fórum 2024 em Madrid.

 

Como vê em geral a evolução da profissão de gestor de risco nos últimos anos e quais são os desafios de hoje para estes profissionais?
 

A evolução da profissão de gestor de risco nos últimos anos tem sido muito desafiante e sujeita a mudanças contínuas. Os gestores de risco, aqueles que se dedicam a gerir risco e/ou seguros nas suas organizações, escolheram uma profissão que, sendo apaixonante, não deixa de ser extraordinariamente difícil. Isto deve-se ao facto de a gestão de todos os riscos que as organizações enfrentam se ter tornado cada vez mais complexa com o passar do tempo.

Se bem que os riscos tradicionais tenham sido em grande medida controlados e compreendidos, a incerteza e, em certos casos, falta de consciencialização em torno de outros riscos difíceis de medir e quantificar aumentou, o que apresenta um desafio considerável. Além disso, a colocação de alguns destes riscos no mercado segurador também se complicou, pelo que surgem agora outros sistemas de retenção mais sofisticados.

Sem dúvida que, apesar destes desafios, os que escolhem esta profissão fazem-no com empenho e paixão. Os gestores de risco representam um pilar de apoio essencial para qualquer organização. A sua experiência e conhecimento na identificação, avaliação e mitigação de risco não só não têm preço como ainda contribuem para a tomada de decisões informadas e a proteção dos ativos da organização.

Em resumo, a evolução da profissão de gestor de risco está marcada por desafios cada vez mais complexos, mas os profissionais nesta área continuam a desempenhar um papel essencial na proteção e êxito das suas organizações, demonstrando o seu valor todos os dias.

O motor de toda esta atividade é a nossa dedicação no sentido de fazer ouvir as vozes dos nossos membros e colaboradores. Continuaremos a trabalhar incansavelmente para nos mantermos como referência da gestão de risco em Espanha e na Europa, para além de garantir que esta disciplina receba a importância e o reconhecimento que merece. 

 E os desafios que se colocam à AGERS como associação do setor?
 

Quando aos desafios que a AGERS tem de enfrentar, um dos principais é continuar a atrair membros e expandir a nossa presença perante mais entidades administrativas nacionais e internacionais. Isso permitir-nos-á fortalecer a nossa voz e influência na promoção da gestão de riscos em Espanha.

Adicionalmente estamos empenhados em estabelecer pontos de apoio na América Latina e replicar a nossa associação onde for necessário. O que não só nos dará mais presença internacional como também permitirá partilhar conhecimentos e melhores práticas com outros países.

No âmbito da formação, um dos nossos objetivos é criar um curso formal e universitário em Risco e Seguros. Daria às gerações futuras a oportunidade de se profissionalizarem neste domínio ainda jovens e contribuiria para o desenvolvimento contínuo da gestão de risco no país. Na atualidade temos dado passos para o desenvolvimento dos profissionais que fazem parte da comunidade do risco e seguros através dos nossos dois programas de pós-graduação que introduzem e desenvolvem competências profissionais em gestão de risco e seguros.

Em resumo, concentramo-nos no crescimento, expansão internacional e formação contínua, com o objetivo de criar oportunidades para as futuras gerações de profissionais da gestão de risco e seguros.

 
Quais são os riscos do futuro que preocupam os gestores de risco?
 

Os gestores de risco estão cada vez mais preocupados com uma série de riscos emergentes destacados numa série de relatórios como o Relatório de Davos. Estes riscos incluem questões relacionadas com a sustentabilidade ambiental, as ameaças cibernéticas, a volatilidade geopolítica e as crises de saúde pública, como a que vivemos recentemente, a da pandemia de Covid-19. Estes riscos têm o potencial de criar um impacto significativo na estabilidade e continuidade das organizações.

Além destes riscos, existe uma preocupação constante com a canibalização da função de gestão de riscos. Os gestores de risco trabalham arduamente para manter a sua independência e a estreita proximidade dos conselhos de administração. Esta posição estratégica é essencial para garantir que os riscos sejam geridos de forma eficaz e as decisões sejam informadas.

Em resumo, os gestores de risco mantêm-se atentos aos riscos emergentes e trabalham para preservar a sua independência e proximidade dos conselhos de administração com o objetivo de assegurar que a gestão de risco continue a ser uma função crítica, estratégica e eficaz no ambiente empresarial de hoje.

 
Que características deverão possuir os gestores de risco do futuro?
 

Os gestores de risco do futuro deverão possuir uma série de características essenciais para ter êxito no seu trabalho. Em primeiro lugar, é fundamental que o gestor de riscos disponha de formação acreditada e seja uma figura conhecida e valorizada dentro da empresa. Deve formar parte integral da cultura da empresa e ser reconhecido pela sua contribuição para a tomada de decisões estratégicas.

Além disso, o gestor de riscos do futuro deve estar plenamente alinhado com a estratégia da empresa. Ou seja, deve ter um enfoque proativo e estratégico, trabalhando em estreita colaboração com as chefias superiores para identificar e gerir riscos que possam afetar os objetivos e operações da empresa.

Vejo o gestor de riscos do presente e do futuro como um facilitador e protetor das operações da sua empresa. Deverá desempenhar um papel ativo na identificação atempada de riscos, implementação de medidas preventivas e gestão eficaz de sinistros quando estes ocorram. Deve ainda ser um comunicador eficaz que consiga transmitir a importância da gestão de riscos a todas as partes interessadas dentro da organização.

Em resumo, o gestor de risco do futuro será um profissional estratégico, conhecido e valorizado na empresa, cujo papel será facilitar e proteger as operações da empresa através de uma gestão eficaz e proativa do risco.


Vimos que o programa do próximo Congresso da AGERS em outubro inclui o tema das cativas. Em sua opinião, qual é a relevância das cativas como instrumento de retenção de risco e qual é a visão dos gestores de risco espanhóis sobre este tema?
 

As cativas são um instrumento cada vez mais relevante na gestão do risco empresarial, porque dão às organizações oportunidade de reter e gerir os seus riscos de maneira eficiente e personalizada. A capacidade de estabelecer uma cativa permite às empresas conceber programas de seguros adaptados às suas necessidades específicas, otimizando custos e aumentando a flexibilidade na gestão de riscos.

Quando à visão dos gestores de risco espanhóis sobre o tema, cabe destacar que existe cada vez mais interesse e reconhecimento das vantagens que as cativas podem trazer às estratégias de gestão de riscos. Cada vez mais os gestores de risco em Espanha consideram as cativas uma ferramenta valiosa para complementar os seus programas de seguro tradicionais e abordar riscos específicos de maneira mais eficaz.

De facto, no próximo Congresso da AGERS, teremos oportunidade de ouvir a perspetiva de distintos peritos em cativas, incluindo a opinião da presidente da FERMA, que partilhará as experiências e enfoque de outros países europeus. Contaremos ainda com um representante da Associação italiana ANRA sobre o uso de cativas na gestão do risco empresarial. Ainda exploraremos a perspetiva de Portugal graças ao presidente da APOGERIS, o que nos dará uma visão mais completa e enriquecedora das melhores práticas e tendências neste campo.

Em resumo, as cativas são um recurso relevante e valioso na gestão de riscos empresariais e os gestores de risco espanhóis mostram interesse crescente na sua adoção. O próximo Congresso da AGERS proporcionará uma plataforma para debater e aprender mais sobre este tema com a participação de especialistas reconhecidos a nível internacional.

.... o gestor de risco do futuro será um profissional estratégico, conhecido e valorizado na empresa, cujo papel será facilitar e proteger as operações da empresa através de uma gestão eficaz e proativa do risco.

Há bastante tempo que a HighDome pcc, seguradora e resseguradora cativa do Grupo MDS, colabora com a AGERS. Como vê essa colaboração e o que trouxe ela a ambas as partes?
 

A colaboração entre a HighDome/MDS e a AGERS tem sido uma parceria vantajosa para ambas ao longo dos anos. A MDS tem sido um valioso parceiro da AGERS durante quase uma década e o seu empenho refletiu-se numa contribuição significativa para o enriquecimento dos nossos eventos e recursos.

A MDS partilhou a sua ampla experiência e conhecimento da retenção e gestão de riscos, participando ativamente com oradores nos nossos fóruns, congressos e contribuindo com artigos de opinião. O seu contributo foi inestimável para a nossa comunidade já que partilhou a sua visão e melhores práticas com os nossos membros.

Para nós, esta colaboração é de grande importância porque o apoio que recebemos da MDS não tem preço. Reconhecemos o esforço adicional que tem dedicado, disponibilizando a sua experiência e conhecimento apesar das exigências diárias do seu trabalho. Esta colaboração resultou numa relação que vai além do profissional. Converteu-se numa convivência colaborativa em todos os aspetos, onde ambas as partes encontram um benefício mútuo.

Em resumo, a colaboração com a HighDome e a MDS enriqueceu em grande medida o nosso trabalho na AGERS e estamos agradecidos pelo seu compromisso contínuo e a sua valiosa contribuição para a nossa comunidade.

 

Em 2023, o Grupo Aseguranza considerou-a uma das 25 mulheres mais influentes da indústria seguradora espanhola. Que significa para si essa distinção?
 

Em 2023, o Grupo Aseguranza distinguiu-me ao considerar-me uma das 25 mulheres mais influentes dos seguros em Espanha. Tal distinção tem um significado muito especial para mim. O mais importante é que a distinção não é um reconhecimento pessoal, mas sim o que representa para a AGERS e toda a comunidade da gestão de risco.

Para mim é testemunho do crescimento e reconhecimento contínuo que a gestão de risco vive no nosso país. Sinto-me feliz por fazer parte de um movimento que valoriza e reconhece a importância do nosso trabalho. Cabe dizer que esta distinção me motiva ainda mais no sentido de trabalhar arduamente para promover a gestão de riscos e levar a AGERS aos lugares cimeiros da lista no futuro.

Em suma, a distinção reflete o êxito coletivo da AGERS e da crescente valorização da gestão de riscos em Espanha e entusiasma-me pensar no que o futuro reserva a esta profissão apaixonante.

 
Como passa o seu tempo livre?
 

Gosto de apreciar os momentos especiais. A minha família é muito numerosa e passar tempo com eles é sempre uma loucura maravilhosa. Além disso, sempre que posso, vou para o pé do mar, porque quando as ondas chamam não consigo resistir. Um vinho branco bem fresquinho em boa companhia, as minhas amigas do coração, é algo a que dou grande valor. Também aproveito umas escapadinhas com o meu marido, que são verdadeiros reencontros! Por último gosto de me perder num bom livro ou cozinhar a ouvir música. É algo que todos em casa reconhecem como “o momento da mãe”.

Em suma, o meu tempo livre é uma combinação de momentos familiares, aventuras junto ao mar, gargalhadas com as minhas amigas, pequenas fugas em casal e esses momentos mágicos de leitura ou a cozinhar sozinha que me rejuvenescem. A minha vida está cheia de pequenos prazeres!

Com mais de três décadas de experiência no mundo da gestão de riscos e seguros, Alicia Soler Rubia destacou-se como diretora-geral da Associação Espanhola de Gestão de Riscos e Seguros (AGERS) durante os últimos 10 anos. Possui uma sólida experiência em gestão e acreditação em Seguros Superiores. A sua carreira começou na Winterhur e desde então dedicou-se ao mundo da mediação de seguros.

Alicia Soler também desempenhou um papel de relevo na liderança do Departamento de Gestão de Risco e Seguros na Associação de Empresários de Alcobendas (AICA), da qual hoje integra a Direcção. Na AGERS, representa os profissionais da gestão de risco empresarial em Espanha e dedica-se ativamente a promover o conhecimento através de congressos, publicações e programas de formação, contribuindo para o desenvolvimento e promoção desta área.

A AGERS é a associação que representa os gestores de risco e seguros em Espanha, com quase quarenta anos de história. A AGERS centrou os seus esforços em fortalecer e proteger as empresas espanholas dotando-as de perfil especializados para a gestão e controlo dos riscos complexos a que se expõem. Este propósito inicial deixou há anos de ser uma mera declaração de boas intenções para se converter num elemento de gestão cada vez mais estratégico e necessário em todas as organizações, sejam grandes ou pequenas. 

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